quinta-feira, 26 de maio de 2016

Como Dilma imagina voltar a presidência?

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Muito simples: ou o país se rebela e exige a volta da presidente Dilma ao cargo, ou o governo do presidente em exercício Michel Temer fracassa rapidamente. À falta de outro presidente, Dilma voltaria. A primeira hipótese é impossível. Não haverá rebelião porque a esmagadora maioria dos brasileiros é a favor do impeachment de Dilma. E a culpa é dela que mentiu muito e governou pouco e mal.
De resto, legou a Temer uma herança maldita cuja verdadeira dimensão ainda não foi bem avaliada até aqui. Os números oficiais, que estão sendo garimpados, ou estão errados ou foram manipulados. Na primeira semana de governo, Temer ficou sabendo que o rombo nas contas é superior ao que Dilma havia previsto para este ano. O déficit fiscal passará de R$ 96,7 bilhões para R$ 170 bilhões.
O novo ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, assustou-se há dois dias com a informação de que 1.400 servidores estão lotados no seu gabinete no Palácio do Planalto. O total de servidores do palácio é superior a seis mil. Se toda essa gente fosse obrigada a comparecer ao seu local de trabalho não haveria espaço suficiente para abriga-la – a não ser de pé.
Há 50 mil unidades do programa Minha Casa Minha Vida prontas, segundo o novo ministro de Cidades. Dilma planejava entrega-las aos poucos para poder participar de um maior número de inaugurações. Quanto ao fracasso do governo Temer, outro meio no qual Dilma acredita para salvar-se do impeachment: é improvável que isso ocorra antes de o Senado cassar o mandato e os direitos políticos da presidente afastada
Por Ricardo Noblat

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