sexta-feira, 29 de julho de 2016

Perdão, meu povo, pelo acontecido dentro da prefeitura com os secretários...Adivinha quem pediu?





O Ginásio Poliesportivo de Riachuelo foi palco no último sábado, 23/7/2016, da Convenção Municipal que consolidou o nome de Mara Cavalcanti e Serivan Sena como os candidatos a prefeito e vice-prefeito, respectivamente, da coligação que reúne além do PMDB, os partidos DEM, PMN, PR, PRB, PSB e SOLIDARIEDADE.

A convenção que reuniu a trupe dos fanáticos peemedebistas, recebeu sob aplauso figurões do partido como Henrique Alves, que saiu pelas portas da fundo do governo Dilma em solidariedade ao atual presidente interino Michel Temer, de quem é amigo íntimo e que, mesmo assim, acabou “saído” do atual governo interino devido as acusações de que tem dinheiro em paraísos fiscais.

Durante a convenção, o momento mais esperado foi o discurso da pré-candidata. E aí vem a constatação: nada de novo! Os mesmos recursos retóricos, os mesmos argumentos e um recado antecipado do que os eleitores vão ouvir dela durante a campanha.

A pré-candidata segue à risca o modelo adotado pela oligarquia da qual representa, fala em nome do pai (in memorian) e diz que segue o que ele lhe dizia. Repete uma, duas, três, quatros vezes na estratégia para reforçar os laços emocionais do eleitorado devoto. Muitos se emocionaram.

Aos convencionais que a acompanharam durante a eleição passada (de 2012) ela falou em tom saudosista, reconhecendo-os pelo nome para que fique bem claro aos presentes que de vermelho eles não tem mais nada. Foi o batismo mesmo que eles tenham feito questão de ir de branco ou azul como quem anunciassem: deus me livre de verde. 

Deus também aparece fortemente no discurso. Ali estão cristãos, católicos e evangélicos, em maior número que os umbandistas. Deus é ligação e respeito, e quem trabalha sob o temência a Deus é abençoada. Ai de quem duvidar. Deus é recurso de ligação espiritual, mas neste caso pode ser uma analogia.

E depois da família e de Deus, veio o que pode ser a linha de discurso da campanha da pré-candidata. Frases como “uma nova historia’’ serve para justificar a mudança de partido (foi eleita pelos ‘araras’ mudou para o ‘bacurau'); “união ampliada pelo desenvolvimento”, serve para justificar a união com adversários que antes era inimaginável, como o grupo de Marcílio Pessoa - a quem ela agradeceu de coração por ter cedido o PMDB e Son Azevedo que foi o adversário ferrenho do seu pai durante muito anos.

Para desqualificar quem a elegeu (araras que não cederam aos seus caprichos) e os futuros adversários, como que já numa defesa diz: “não vamos deixar acontecer um desastre…contra a vagabundagem”, uma expressão forte e direcionada que soa deselegante mas revela o tom raivoso como a pré-candidata é conhecida por aqueles que tem a coragem de contrariá-la.

Ela também prometeu continuar com os projetos sociais que desenvolve: ônibus escolar; saúde com atendimento de segunda a segunda; calçamento de ruas, atendimento ao homem do campo, ajudar a Juventude na quadrilha junina, no Esporte e no Social: dietas, aluguéis, auxílio funeral, sopão solidário, peixe na semana santa, cesta básica, kit gestante. Nenhum projeto próprio.

Mas o que mais chamou a atenção foi o último trecho do discurso. A pré-candidata usou o velho chavão oligárquico para dizer “vou de casa em casa, conversar com as pessoas, falar e pedir perdão”. Tudo para justificar as promessas que fez e não cumpriu em todas, absolutamente todas, as casas do município. 


Resta aguardar para ver se o povo de Riachuelo tem memória curta! Se não tiver, terá a pré-candidata que apelar para outros recursos. A ver!

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