segunda-feira, 31 de julho de 2017

Brazil: uma dama de muitos véus

“Tum-tum-tum! O coração auriverde está gemendo neste vale de lágrimas, de corrupções e patifarias”, assim falou o Profeta Adalbertovsky aos seus discípulos na Freguesia dos Aflitos e nas montanhas da Jaqueira. “Muda, Brazil! Mudou, e daí!? Brazil, país do futuro! O futuro chegou, e daí?! Daí a mais cruel desilusão. O Brazil é uma dama misteriosa de muitos véus.
“O coração do Brazil precisa de pontes de Safena, cateterismo, troca de óleo, Benzetacil, injeção na testa, Baygon, troca de fraldas, penicilina, Biotônico Fontoura, óleo de peroba, Emulsão de Scott, colírios, catuaba, Vick Vaporub, calibragem dos pneus, mercúrio cromo, camisa de força, tratamento de choque, vergonha na cara.
“O bem-aventurado poeta Augusto dos Anjos e dos pecadores assim falou na linguagem dos arcanjos: “Meu coração tem catedrais imensas”. Pecador, eu sou pequenininho do tamanho de um passarinho. E tenho apenas uma capelinha singela nos jardins floridos do meu coração.
“Todíssimos os nossos sonhos foram sonhados. Nosso céu tem mais estrelas, nossos bosques têm mais flores, nossos gênios são mais geniais. E daí e daí? Os nossos sonhos foram roubados. Nossos corruptos são mais gentis. Oh, mundiça vermelha, vão tirar onda de oráculos da sabedoria e de vestais lá na casa de chapéu!” A crônica auriverde do Profeta Adalbertovsky está postada no Menu Opinião.

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