A eleição começa, de fato, com o Horário Gratuito Político Eleitoral (HGPE)... Antes, o debate mobiliza pequenos estratos de classe, além daqueles que vivem da e para a política.
Com o acirramento do pleito, muito daquilo que é encarado como “baixaria” ganha proeminência. Há quem não goste. Porém, é importante dizer: a agenda negativa, termo técnico empregado pela ciência política, é fundamental para informar o eleitor durante o combate entre os proponentes.
Nenhum postulante, em sã consciência, utilizará seu tempo de tv, suas inserções para expor fraquezas ou algo condenável que fez em seu passado. Cabe ao oponente mostrar, “atacar”. E não há qualquer garantia de que a ofensiva será bem sucedida. Feita sem senso de proporção, sem medir contra-argumentações, a iniciativa pode se voltar contra o emissor. Na plateia está o cidadão com plenas condições de proferir a sua escolha.
Enfim, o candidato deve ser testado ao máximo, pois irá liderar um estado, uma nação. Caso o limite seja ultrapassado há justiça para tanto.
Não raro, o apelo ao debate de “alto nível”, como faz o candidato Henrique Alves, após críticas sofridas, esconde a dificuldade de formular uma resposta satisfatória a uma situação de xeque, uma tentativa de sair pela tangente. Às vezes, dá certo. E os possíveis envolvimentos em escândalos de corrupção terminam debaixo do tapete.
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