quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Em Natal, 40% dos jovens admitem já ter tido relação homossexual


Por Robson Pires, em

Um levantamento encomendado pelo Agora RN identificou que os jovens estão mais liberais quando o assunto é sexualidade. A pesquisa mostrou que quatro em cada dez natalenses entre 16 e 25 anos já tiveram relação sexual com alguém do mesmo sexo e mais da metade dos entrevistados disse considerar normal a prática.
De acordo com a psicóloga Débora Diógenes, os jovens da atualidade respeitam mais as relações homoafetivas que gerações anteriores, comportamento que é resultado, segundo ela, de um amplo debate feito na sociedade e nos meios de comunicação. “Os jovens de hoje têm uma liberdade em discutir as questões da sexualidade de forma mais livre, sem tabus e sem serem repreendidos, seja na escola, na família ou nas mídias sociais”, destaca a especialista.
Apenas 13,4% não quiseram responder aos questionamentos. Entre os que responderam, 41,5% declararam já ter tido relação sexual com pessoas do mesmo sexo, ao passo de que 52,4% disseram considerar normal a prática.
No que diz respeito à relação sexual com mais de um parceiro, a sondagem entre os jovens também mostrou um conservadorismo baixo. 41,5% (contingente equivalente ao que disse já ter tido relação homossexual) afirmaram já terem tido relação com mais de um parceiro ao mesmo tempo ou admitiram fazer a prática no futuro.
“Muitos jovens estão preocupados em respeitar o outro nas suas diferenças, nas suas escolhas e em relação aos seus valores. Uma vez que o respeito, a tolerância e o diálogo se tornam mais presentes, os jovens se sentem mais seguros em expor seus sentimentos, fragilidades e assumir suas escolhas”, pontua a psicóloga.
O cientista social Daniel Menezes, diretor do Instituto Seta, responsável pelo levantamento, assinala que há uma mudança de comportamento em curso entre a juventude. “A geração que está vindo aí é menos conservadora do ponto de vista dos costumes, valores e relacionamentos amorosos. Eu credito isso ao maior acesso à informação e às campanhas de conscientização a respeito do direito à escolha. Tudo isso contribuiu para este resultado”, afirma Daniel.

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