segunda-feira, 19 de março de 2018

Flávio Rocha é o candidato do MBL ao Planalto, diz Kataguiri; coordenador do MBL escreve sobre o pré-candidato

Foto: Marlene Bergamo/FolhaPress
Há uma cobrança muito grande para que o MBL (Movimento Brasil Livre) anuncie o seu candidato à Presidência da República. É uma cobrança justa: somos um movimento político com atuação intensa na política institucional. Antes de falar sobre pessoas, precisamos falar sobre ideias. O que um presidenciável deve defender para ter o apoio do MBL?
O problema mais imediato é a segurança pública. Isolados num mundo paralelo, os presidenciáveis de esquerda proferem discursos desconectados da realidade. “Ressocialização e desencarceramento” são as palavras de ordem.
Como ressocializar bandidos quando apenas 8% dos homicídios são solucionados? Não é possível investir em políticas públicas para criminosos que nem sequer foram identificados. Ainda menos quando o Estado não tem controle nem sobre quem já está preso. Todos nos lembramos do caos das rebeliões. Hoje, o maior administrador de presídios do país chama-se PCC. Quem comandaria o programa de ressocialização? Fernandinho Beira-Mar?
Nesse assunto, quem se destaca é o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que repudia com veemência a narrativa de que bandido é vítima da sociedade. Suas intenções de voto representam, em boa medida, legítimo anseio popular por medidas mais enérgicas na segurança.
Sua falha é a falta de propostas concretas que alicercem seu discurso. Flávio Rocha, CEO da Riachuelo e fundador do Brasil 200, movimento que deu voz aos brasileiros que trabalham e produzem, é o contrário: junta forma e conteúdo. Além de combater o discurso furado dos socialistas do Leblon, já apresentou um plano de segurança que conta com mudanças nas leis penais e processuais penais, privatização de presídios, ciclo completo de polícia etc.
Há, ainda, um problema mais grave em Bolsonaro: sua falta de capacidade de articulação. Ainda que tivesse boas propostas, jamais teria como aprová-las. Não há governo quando o presidente não dialoga com o Congresso. Nessas hipóteses, ou o presidente fecha o Congresso ou –o que é mais provável– o Congresso fecha o presidente.
Nesse ponto, Flávio Rocha também sai na frente. Além de ter sido deputado por duas vezes —constituinte, inclusive—, é conhecido por ser calmo, humilde, conciliador e por honrar sua palavra. É o casamento perfeito: capacidade administrativa e virtude política.
A segunda questão é a economia. Precisamos cortar impostos e acabar com a burocracia. Para isso, tem de haver corte de gastos, o que significa promover uma reforma previdenciária e salarial estruturante —que diminua as distorções entre setor público e privado—, privatizar empresas como Petrobras e Correios, fechar o BNDES e rever a intocável estabilidade do funcionalismo.
Nesse quesito, estamos mal de candidatos. Ciro, Marina, Bolsonaro… nenhum desses defende essa agenda. O medo da pecha de “neoliberal que odeia pobres” e a vontade de ceder ao populismo superam o compromisso com o país.
Flávio Rocha defende o que é correto, ainda que isso lhe renda vaias e tomates. Tem a capacidade que o Barão de Montesquieu, em sua obra “O Espírito das Leis”, julga essencial ao bom político: a capacidade de colocar o interesse público acima de seus interesses pessoais.
Apesar de não se declarar candidato, tem tudo para ser: experiência, capacidade comprovada, ideias corretas e espírito combativo.
Por isso, tenho orgulho de afirmar: Flávio Rocha, único presidenciável que conjuga o combate ao politicamente correto com responsabilidade fiscal e propostas sérias para a segurança pública, é o candidato do Movimento Brasil Livre à Presidência da República.
KIM KATAGUIRI, aluno do Instituto de Direito Público de São Paulo, é coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre)
Opinião – Folha de São Paulo

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