sexta-feira, 13 de abril de 2018

PGR denuncia Jair Bolsonaro por racismo

A Procuradoria Geral da República apresentou denúncia contra o pré-candidato à presidencia Jair Bolsonaro (PSL-RJ). O deputado federal é acusado de racismo. O também deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho, também foi denunciado – nesse caso, por ter ameaçado um jornalista.
Em abril do ano passado, Bolsonaro disparou impropérios contra negros e quilombolas. Em palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, o pré-candidato à presidência disse que, se depender dele, indígenas e quilombolas não terão suas reservas demarcadas.
O agravante, contudo, foi a declaração subsequente: “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles”, comentou com certo tom jocoso.
Na denúncia, Raquel Dodge, procuradora-geral da República, destacou que o deputado federal tratou os quilombolas como ‘animais’ ao utilizar a palavra “arroba”. Além disso, pontou que o comportamento de Bolsonaro viola a Constituição e, por se tratar de um parlamentar, a atitude é ainda pior, considerando-a “inaceitável”.
“Estas manifestações feitas pelo acusado, de incitação a comportamento e sentimento xenobófico, reforça atitudes de violência e discriminação que são vedadas pela Constituição e pela lei penal”, destacou a PGR. Ela quer que o presidenciável pague R$ 400 mil. Vale frisar que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível. A pena é de 1 a 3 anos de reclusão e multa.
Já o filho de Bolsonaro, Eduardo, foi denunciado por ameaças que teria feito a um jornalista. Ele teria usado palavras de baixo calão. Questionado se estava fazendo ameaças, o parlamentar disparou: “Entenda como quiser”.

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