quarta-feira, 25 de julho de 2018

Engenheiros potiguares apresentam solução para tornar energia eólica brasileira ainda mais competitiva

Encontrar fornecedores confiáveis e conseguir boas referências deles são as principais dificuldades das usinas eólicas brasileiras. Em contrapartida, as empresas que prestam serviço às geradoras de energia não conseguem se vender de forma adequada. Pensando em otimizar esse processo, um grupo de engenheiros que atuam em Natal desenvolveu o Supply Radar, um portal de negócios que conecta usinas e fornecedores do setor eólico, tornando o mercado mais competitivo. A ideia é pioneira no Brasil e está com o pré-lançamento marcado para esta quarta-feira na abertura do 10º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, que acontece na Escola de Governo, em Natal.
“Somos um catálogo completo para usinas eólicas e uma vitrine indispensável para seus fornecedores. Pensamos em praticidade e agilidade, aliadas a informações confiáveis de soluções técnicas especializadas para aumentar a disponibilidade das usinas”, explica a CEO da empresa Aylla Santos. É assim que se define o portal que vai revolucionar o mercado de energias renováveis.
O Brasil ocupa hoje a 8ª colocação no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica. O país acrescentou 2,022 GW de potência eólica ano passado, chegando a 12,763 GW. O acumulado nos fez ultrapassar o Canadá, de acordo com o Global World Energy Council (GWEC) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Apesar dos números, essa indústria de energia renovável se consolidou por aqui há apenas 10 anos, e a juventude mantém o promissor mercado brasileiro com o “freio de mão puxado”. Segundo Aylla, alguns processos, sobretudo as manutenções corretivas, necessitam de melhorias.
O Rio Grande do Norte atualmente é o estado brasileiro que possui mais parques eólicos em operação. As primeiras usinas foram instaladas em solo potiguar no ano de 2009, logo, estão entrando num período no qual as manutenções precisam ser mais frequentes. Estudos apontam que quando se aproxima dos 10 anos de operação os equipamentos entram num nível de desgaste considerável, essa fase é chamada tecnicamente de “curva de aprendizagem”. E parte daí a importância de uma rede de contatos bem articulada, com profissionais competentes e gabaritados.
“Existe uma lacuna entre essas duas engrenagens fundamentais na Indústria dos Ventos. Normalmente o departamento de suprimentos da usina ou a própria operação tem que buscar fornecedores na internet ou através da indicação de conhecidos. Isso leva tempo e pode não trazer o melhor resultado. Para o fornecedor, o portal permitirá a apresentação de todo o seu portfólio de serviços sem necessidade de visitas presenciais. É uma vitrine global”, complementa Aylla. A plataforma levou dois anos para ser programada e durante os três dias de Carta dos Ventos ficará exposta em um stand com pré-cadastramento gratuito das usinas eólicas e fornecedores do ramo.
Fórum Nacional Eólico
A décima edição do Fórum Nacional Eólico acontece de quarta-feira (25) a sexta-feira (27) na Escola de Governo, no Centro Administrativo, em Natal. Realizado pelo Cerne e Viex Américas, o evento reúne lideranças políticas e empresariais, além de pesquisadores da energia eólica brasileira. Aspectos regulatórios, operacionais e a política setorial serão discutidos ao longo dos três dias em workshops, plenárias e painéis. As inscrições e a programação estão disponíveis no site www.cartadosventos.com. A entrada é livre para a imprensa e convidados.

Por Jornal Dois Quadros, em notas 

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