sábado, 8 de setembro de 2018

Resgatando a História do RN.
Por Jornal Dois Quadro, em Notas.

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(Fotos Prof. Damião Medeiros)
A fotografia [pintura] acima, segundo informações do professor santanense Rômulo Gomes, é a única existente do Barão de Serra Branca Felipe Neri de Carvalho e Silva [n. Santana do Matos, 2 de maio de 1829 - m. Caicó, 16 de junho de 1893]. Morreu acidentado quando retornava de viagem que fizera a Juazeiro do Norte, para visitar Padre Cicero nas proximidade de Caicó-RN.
Seus pais Antônio da Silva de Carvalho e Maria da Silva Veloso eram proprietários rurais em Santana do Matos e São Rafael. Há informações que Felipe Neri fora criado no campo, vindo a se tornar, um grande proprietário de terras, explorando a pecuária. Casou-se com Belisária Lins Wanderley [de Carvalho e Silva]. Aquele ilustre casal não deixou descendentes. Belisária era assuense, tipo baixa, magra, falava pouco, simples. Era filha do Coronel Manuel Lins Wanderley [cujo título fora concedido pelo Senado da Câmara do Assu -atual Câmara Municipal - em razão dele, Coronel Wanderley, ter reunido trezentos homens armados, para irem até a fronteira do Rio Grande do Norte com o Ceará combater o revolucionário Pinto Madeira que ameaçava invadir a cidade de Assu] e dona Maria Francisca da Trindade.


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(Fotos Prof. Damião Medeiros)
Belisária tornou-se Baronesa de Serra Branca por ser casada com Felipe Neri que fora agraciado com o título de Barão de Serra Branca, em razão de ter libertado com muita festa, os seus 54 escravos, em data de 25 de junho de 1885, dia do Padroeiro do Assu, São João Batista. Um banquete fora oferecido a todos os escravos, servido por ela, Belisária.
O titulo de Barão concedido a Felipe Neri se deu a 19 de agosto de 1888, quando a Princesa Isabel governava o Brasil.
Na fazenda do Barão existia uma senzala que fora destruída por agricultores sem terras que ali se apossaram.

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(Fotos Prof. Damião Medeiros)
Aquela propriedade atualmente pertence, salvo engano, ao Instituto de Reforma Agrária. Ainda existe um belo açude que fora construído pelos escravos, de iniciativa do Barão, além da casa sede do casal Belisária e Felipe Neri, entre outras edificações que estão se destruindo pelo abandono e pelo tempo.
Afinal, na cidade de Assu, no sobrado onde hoje funciona a Casa de Cultura, situado na praça Getúlio Vargas, 155, o Barão morou durante muito tempo com a sua esposa Belisária que veio a falecer na cidade de Natal. Ambos estão enterrados no Cemitério São João Batista de Assu.
Prof. Damião Medeiros
Texto/Redação

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