“Quando soube da corrupção, me senti traída”, afirma Micarla
A ex-prefeita Micarla de Sousa, acusada de participar do esquema de corrupção revelado pela operação Assepsia, do Ministério Público, chegou à sede da Justiça Federal, na noite desta segunda-feira (8), para prestar depoimento, acompanhada pela mãe, Mirian de Souza, a irmã Priscila de Souza e seus advogados.
Ao entrar na sala de audiência da segunda vara federal, a ex-prefeita evitou falar com a imprensa. “Só vou falar com o juiz”, afirmou, ao ser abordada pelos jornalistas. Ela foi a quarta ré ouvida pelo juiz Walter Nunes nesta segunda. Micarla iniciou o depoimento dizendo que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) eram prioridade na sua gestão.
De acordo com a ex-prefeita, a gestão das UPAs por meio de organizações sociais recebeu o crivo do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, sendo realizada de forma regular. Ela negou ter realizado qualquer operação ilegal. “Após inaugurada, a UPA do Pajuçara recebeu 98% de aprovação do povo da Zona Norte. Então tinha um modelo eficaz”, defendeu.
Questionada sobre o esquema de corrupção descoberto pela Operação Assepsia, Micarla disse que nunca soube de nenhuma irregularidade. Ela afirmou que se sentiu traída pelos seus auxiliares que fizeram o esquema, sem citar nomes. “Já ouviu a frase de que o marido traído é o último a saber? Então, foi assim. Quando soube, me senti traída”, afirmou Micarla.
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