Delação de Funaro acelera ação contra Cunha e Henrique
Por Robson Pires, em
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu compartilhar anexos da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro com a Justiça Federal em Brasília, o que aproxima os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) de uma nova sentença, desta vez na Operação Sépsis. Cunha vinha se recusando a prestar depoimento no processo, que já está em fase final de instrução, por não ter tido acesso aos depoimentos de Funaro.
Agora, com o compartilhamento, o ex-presidente da Câmara deve prolongar sua estadia em Brasília, para onde foi transferido há um mês para participar de oitivas na Justiça. A volta do preso para Curitiba estava prevista para a semana que vem. Foi remarcada para o fim do mês.
Uma audiência marcada para a última quarta-feira foi cancelada pelo juiz titular da 10ª Vara Federal em Brasília, Vallisney de Souza Oliveira. Na ocasião, seriam ouvidos os cinco réus da ação penal: Cunha; Alves; Funaro; Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal; e Alexandre Margotto, sócio de Funaro. Os três primeiros estão presos preventivamente na Lava-Jato. Os três últimos são delatores na operação.
Vallisney remarcou os depoimentos para o próximo dia 24, diante da informação de que o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, determinou o compartilhamento de anexos da delação. As oitivas se estenderiam ao dia seguinte. Como os anexos da delação não haviam chegado até ontem, o juiz voltou a adiar as oitivas, para os dias 26 e 27.
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