terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ex-aliada critica estilo centralizador de Raquel Dodge após pedir demissão

09/09/2010. Credito: Jair Amaral/EM/D.A Press. Brasil. Belo Horizonte - MG. Coluna Se Eu Fosse Presidente - A procuradora da Republica, Zani Cajueiro Tobias de Souza DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM
POR FOLHAPRESS
Principal nome na estrutura administrativa da Procuradoria-Geral da República, a procuradora Zani Cajueiro, 47, pediu demissão da Secretaria-Geral do Ministério Público da União por, segundo ela, não se adequar ao estilo “centralizador” da procuradora-geral, Raquel Dodge.
Para Cajueiro, a escolha de seu nome, com o objetivo de prestigiar uma mulher no cargo, pode ter sido um erro.
É a segunda baixa da gestão em 42 dias, a primeira do núcleo duro do time de Dodge. Para o lugar de Cajueiro, foi nomeado o procurador Alexandre Camanho, nome próximo de Dodge há anos.
Na última quarta (25), Cajueiro pediu sua saída da Secretaria-Geral depois de enfrentar críticas internas por se manifestar contrariamente à transferência do feriado do Dia do Servidor de sábado (28) para a próxima sexta (3).
O STF (Supremo Tribunal Federal) e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiram fazer a transferência da data para emendar o fim de semana do feriado de Finados. A posição de Cajueiro teria incomodado servidores da PGR e feito Dodge questioná-la.
Em sua primeira entrevista após deixar o cargo, Cajueiro disse à Folha que essa não foi a única razão de sua saída, mas parte de um processo de falta de sintonia entre ela e a procuradora-geral.
“Isso foi uma das coisas que aconteceram. Na verdade, [a saída deve-se] à forma dela de gerir a casa, bastante centralizadora, à qual eu não me adequo. É necessário mais delegação [autonomia] para o secretário-geral”, afirmou.
O secretário-geral do Ministério Público da União é responsável pela administração do orçamento de toda a instituição (cerca de R$ 6 bilhões neste ano), que engloba o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e os ministérios públicos do Trabalho e Militar.
“A questão de gênero eu acho que realmente pesou na minha escolha [por Dodge], quando, para o cargo, especificamente, talvez seja mais necessário que pese a questão da confiança pessoal, ter um convívio pessoal mais afinado, que é o que o Camanho tem há muitos anos com ela”, disse Cajueiro.

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