Investigações apontam que quadrilha tentava fraudar concursos públicos no país
Por Robson Pires, em
A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), informou que a quadrilha investigada na segunda etapa da Operação Panoptes, deflagrada nesta segunda-feira (30), tentou fraudar concursos públicos e vestibulares de todas as instituições organizadoras de processos seletivos, não se restringindo apenas aos concursos promovidos pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) – o antigo Cespe, da Universidade de Brasília. Há suspeitas de que eles tentariam fraudar também o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, mas até o momento isso ainda não foi oficialmente confirmado.
De acordo com os investigadores, no caso de vestibulares, a quadrilha cobrava entre R$ 80 mil e R$ 160 mil. Já no caso dos concursos públicos, o valor cobrado era de 20 vezes o valor do salário a ser recebido. “Muitos davam um sinal entre R$ 10 mil e R$ 20 mil e, depois de assumirem o cargo, faziam empréstimos consignados para pagar o restante”, explicou o delegado Maurilio Coelho Lima, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco).
Segundo o delegado-chefe adjunto da Deco, Adriano Valente, o chefe da quadrilha é Hélio Ortiz, preso desde a primeira etapa da operação. “Eles tentavam fraudar todos os concursos, não apenas o Cebraspe. Todas as bancas de todos os concursos sofreram tentativas de fraudes. Todos serão objetos de medidas mais duras pela Polícia Civil do Distrito Federal”.
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