sábado, 25 de novembro de 2017

Após desafiar PF, líderes de golpe milionário ficam presos por tempo indefinido

A Polícia Federal cumpriu, neste sábado, 25, mandados de prisão preventiva em desfavor de Celso Éder Gonzaga Araújo, Sidinei dos Anjos Peró e Anderson Flores Araújo, suspeitos de liderar uma suposta organização que aplicou golpes em pelo menos 25 mil pessoas em todo o Ppaís e movimentou milhões de reais. Eles já estavam presos temporariamente – com prazo de cinco dias prorrogáveis. Com a preventiva, eles passam a ficar no cárcere por tempo indeterminado.
Os golpes eram batizados de Operação Au-Metal e Operação SAP pelos próprios acusados. Eles prometiam às vítimas lucros milionários sobre ‘ouro do tempo do Império’ e ‘antigas letras do Tesouro Nacional’. Em troca, pediam quantias de, no mínimo, R$ 1 mil. O grupo arregimentava ‘correntistas’ para manter grupos de WhatsApp com as vítimas. Nas redes sociais, prestavam contas sobre o dinheiro, que estava sempre por vir, mas que nunca seria entregue.
Apontados como líderes do grupo foram presos nesta terça-feira, 21, temporariamente. Mesmo com Celso Éder Gonzaga Araújo, Sidinei dos Anjos Peró e Anderson Flores Araújo no cárcere, os tais ‘correntistas’ continuavam espalhando ‘fake news’ e vídeos no WhatsApp tentando desmentir as investigações contra as vítimas.
Uma notícia falsa aos moldes de um site de grande circulação tem sido espalhada pelos golpistas por meio de redes sociais com o pretexto de convencer as vítimas de que a Polícia Federal encerrou as investigações.
“Polícia Federal admite erros em Operação Ouro de Ofir, Celso Eder Araújo mostra valores que serão pagos a partir de hoje a investidores”, diz o título da falsa matéria. Na linha fina, abaixo da chamada, consta: ‘nós erramos, os valores, de fato, existem’.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a desinformação espalhada pelos integrantes ainda soltos.
“Importa esclarecer que indivíduos ligados às ‘operações financeiras’ AUMETAL e SAP vêm utilizando das redes sociais para tentar manter as vítimas em erro e, dessa forma, continuar angariando recursos de forma ilícita. Existem mensagens e vídeos circulando em grupos sociais induzindo os ‘investidores’ a não procurar a Polícia Federal. Essas condutas estão sendo investigadas e aqueles que estiverem agindo de forma ilícita poderão sofrer as sanções criminais pertinentes às suas condutas, inclusive com a solicitação de novas medidas de prisão temporária ou preventiva a depender da necessidade investigativa”, afirma a PF, ao anunciar a preventiva de Celso, Sidinei e Anderson.

Estadão


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