sábado, 25 de novembro de 2017

Temer tinha obstrução de 90% em três artérias coronárias, diz médico

SAO PAULO - SP - 30.10.2017 O presidente Michel Temer deixa o hospital Sirio Libanes em Sao Paulo.. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER ) ORG XMIT: MICHEL TEMER
O presidente Michel Temer, 77, passa bem após ser submetido a um procedimento cirúrgico para desobstruir três artérias coronárias no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
De acordo com o médico cardiologista Roberto Kalil Filho, um dos responsáveis pelo atendimento do presidente, Temer deve continuar internado por mais 48 horas. A previsão é que ele receba alta na manhã de segunda-feira (27), quando deve retomar suas atividades.
Segundo Kalil, o procedimento foi um sucesso, e Temer se comportou bem.
“Ele já está ótimo e andando para lá e para cá”, disse Kalil em entrevista coletiva neste sábado (25).
Temer chegou a São Paulo nesta sexta (24) para avaliar a necessidade de uma angioplastia, procedimento para desobstruir artérias que estejam bloqueadas total ou parcialmente por placas de gordura.
À noite, Temer realizou o procedimento cirúrgico em três artérias coronárias, na principal região do coração, com o implante de “stent” em duas delas. O procedimento durou aproximadamente uma hora.
O “stent” é uma prótese de malha metálica em forma de espiral ou tubo que é colocado no interior da artéria para mantê-la dilatada e, assim, evitar nova obstrução do vaso.
Na terceira artéria, menos relevante –segundo os médicos–, foi feita apenas a angioplastia para o alargamento do vaso com o uso de uma espécie de balão, mas sem a implantação do “stent”.
Uma das artérias é principal, e as outras duas ramificações, são ramificações,
De acordo com Kalil, uma das artérias coronárias, a descendente anterior, é principal, enquanto as outras duas são secundárias. Segundo o médico, o procedimento não foi uma emergência, apesar de que as artérias apresentavam obstrução relevante, de aproximadamente 90%.
O presidente, entretanto, não deixou de correr risco.
“É uma doença silenciosa, por isso que é a doença que mais mata”, disse Kalil.
O histórico familiar, stress, pressão alta, idade avançada e o sedentarismo estão entre os fatores que contribuem para a obstrução de uma artéria.
No caso do presidente Temer, segundo Kalil, o fator hereditário pode ter sido o principal fator que levou às obstruções. “Ele é uma pessoa saudável, faz exercícios”, disse Kalil.
“A intervenção não apenas aliviou o sofrimento de Temer, mas ajudou alguém muito importante que teria sua existência talvez provida se não fosse o procedimento de ontem”, disse o urologista Miguel Srougi, que também trata o presidente.
A internação até segunda, segundo os médicos, é apenas protocolar.

Folhapress


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