domingo, 4 de novembro de 2018

Haddad avalia ser presidente do PT para liderar oposição

Foto: Ricardo Stuckert
Indicado pela direção do PT para liderar a oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL), o presidenciável derrotado Fernando Haddad deve enfrentar dificuldades para cumprir a missão. Sem cargo formal, o petista terá de lidar com o descontentamento dos tradicionais aliados do partido e com as próprias bandeiras da sigla para consolidar a sua força política nos próximos anos. A presidência do PT pode fazer parte de um plano para mitigar esses problemas.
Além disso, o petista deverá enfrentar a rivalidade de Ciro Gomes (PDT), que, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, publicada na quarta-feira, disse que foi “miseravelmente traído por Lula” e manifestou interesse em fundar um novo campo político. Ciente das dificuldades que terá, Haddad passou a considerar a possibilidade de inciar uma articulação para assumir a presidência do PT, o que ele descartava inicialmente.
O petista viajou na quarta-feira para descansar e ficou de pensar no assunto quando retornar a São Paulo. O mandato da presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, vence em julho.
Após reunião da executiva do PT na última terça-feira, Gleisi, seguindo orientação do ex-presidente Lula, aclamou Haddad como porta-voz da oposição e disse que ele receberá todas as condições para liderar uma frente que teria um papel maior do que o partido — no segundo turno, ele conquistou 47 milhões de votos.
Um aliado do candidato derrotado questiona, porém, como Haddad poderia cumprir esse papel sem ter um cargo que lhe dê um palanque. Na reunião da última terça-feira, o comando petista discutiu que a frente deveria ir além dos partidos e tentar aglutinar outros setores da sociedade, mas, segundo um integrante da direção, ninguém entendeu como na prática isso poderia ser feito.
O Globo

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