quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Não se sabe se poluição com óleo em praias está perto do fim, alerta ministro da Defesa

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, afirmou nesta terça (29), véspera de a poluição com óleo nas praias do Nordeste completar dois meses, ser impossível prever se o problema está perto do fim.
As primeiras manchas de petróleo foram detectadas em 30 de agosto e, segundo ele, não há como mensurar quantidades ou que antever rumo tomarão.
“A duração do tempo, não sabemos ainda. Estamos aperfeiçoando os processos. Estamos atuando desde 2 de setembro”, declarou o ministro durante entrevista coletiva para apresentar o balanço das atividades de resposta à emergência ambiental.
A Marinha informou que resíduos foram detectados nesta terça em mais 19 localidades, demandando operações de limpeza, mas não detalhou quais são elas.
Na segunda (28), o óleo reapareceu em nove praias: Via Costeira e Búzios, no Rio Grande do Norte; Conceição e Itapuama, em Pernambuco; Japaratinga e Piaçabuçu, em Alagoas; Abaís, em Sergipe; Morro de São Paulo e Moreré, na Bahia.
Por ora, desde que o derramamento foi notado pela primeira vez, 254 lugares foram atingidos, incluindo praias, mangues e estuários.
Foram coletadas 1.027 toneladas de resíduos em uma faixa de 2.5 mil quilômetros de costa. Técnicos da Marinha têm discutido com pesquisadores de universidades protocolos para a limpeza de alguns locais, tendo em vista que dano ambiental dessa magnitude é inédito no litoral brasileiro.
O nível de dificuldade é grande nos mangues e exige remoção do piche com as mãos.
A poluição tem avançado ao sul, tendo chegado à região de Ilhéus (BA).
Segundo a Marinha, há a preocupação de que as manchas cheguem ao arquipélago de Abrolhos e sigam para o Sudeste, especialmente o litoral do Espírito Santo.

Folhapress

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