sábado, 2 de novembro de 2019

Delta Tankers, dona de navio suspeito de derramar óleo no Nordeste, diz não ter sido procurada pelo Brasil

A empresa Delta Tankers declarou que as autoridades brasileiras que investigam o derramamento de petróleo no litoral nordestino não a procuraram, segundo a agência de notícias Reuters. “Nem a Delta Tankers nem o navio foram contactados pelas autoridades brasileiras em relação à investigação”, informou a companhia em comunicado.
A empresa também afirmou à Reuters que não registrou eventos relevantes durante a viagem. “A Delta Tankers opera seguindo políticas ambientais estritas, seguindo regulações internacionais. A companhia está preparada para colaborar completamente com as autoridades para ajudar na investigação, se contatada”, disse em nota enviada à agência.
O petroleiro grego suspeito de derramar o óleo que causou o maior desastre ambiental já registrado na costa brasileira se chama Bouboulina. Ele carregou 1 milhão de barris do petróleo tipo Merey 16 cru no Porto de José, na Venezuela, no dia 15 de julho. Zarpou no dia 19 com destino à Malásia.
O navio Bouboulina e a empresa grega dona da embarcação foram citados na decisão judicial que autorizou o pedido de busca e apreensão em escritórios no Rio de Janeiro. O juiz federal Francisco Farias descreve o navio mercante Bouboulina como a “única embarcação a passar pelo polígono suspeito demarcado como ponto de origem”. A decisão judicial cita que, “entrando em contato com a Marinha do Brasil, esta informou que a Delta Tankers não possuiria endereço fixo no Brasil”.
O documento aponta que o agente marítimo da embarcação no Brasil seria a empresa Lachmann Agência Marítima, sediada no Rio de Janeiro. A decisão cita também a empresa Witt O Brien’s, ressaltando que nenhuma das duas era considerada suspeita. Procuradas pelo G1, ambas as empresas negaram relação com a embarcação.
G1

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