PMDB pode enterrar chances de Dilma no segundo turno
Ainda é muito cedo para levar as pesquisas eleitorais como indicativo de quem sairá vitorioso na próxima eleição presidencial, mas alguns recortes podem ser úteis na hora de fazer previsões. Dilma, Aécio e Campos aparecem tecnicamente empatados quando levamos em consideração o eleitorado que conhece minimamente os três postulantes.
Depois de quase doze anos no poder, era de se esperar que o governo petista estivesse melhor na conta do povo, mas o que aparece é exatamente o oposto: o governo Dilma dá indícios de fadiga.
A queda da presidente nas pesquisas esconde um problema muito maior, não o risco de perder a cadeira, mas sim a possibilidade de sequer chegar ao segundo turno.
Sim, é isso mesmo que você leu. Enquanto se discute se Lula voltará — hipótese que considero descabida a menos que dispute com Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney, o que tornaria a eleição brasileira em uma espécie de “Aprendiz Presidentes” — o PMDB volta a ser o fiel da balança eleitoral.
O que o PMDB fará nos próximos dias poderá dar sobrevida à Dilma ou enterrará suas chances ao segundo mandato de forma precoce e a decisão, para sua infelicidade, cabe exatamente aos pares que ela deixou chupando o dedo nos últimos quatro anos.
Caso o PMDB decida lançar candidato próprio para a campanha presidencial, retirará o contingente necessário para o segundo turno do PT. Basta fazer as contas. O PSDB conta com 30% do eleitorado, o PT/PMDB com 40% e a dobrada entre Eduardo Campos e Marina Silva arrebanhará ao menos 20%. Os 10% restantes ficam com os demais ou serão diluídos entre os três.
Nenhum comentário:
Postar um comentário