O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto na noite desta sexta-feira, 15, para discutir a crise pela qual atravessa a pasta que comanda, centro de uma disputa entre seguidores do filósofo Olavo de Carvalho, militares e técnicos da pasta.
A aliados próximos, o ministro disse que fica no cargo. Um dos temas da reunião é a indicação da pedagoga Iolene Lima, ligada a uma igreja evangélica em São José dos Campos (SP), para ser a secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC).
Apesar de ser anunciada por Vélez, a nomeação ainda não foi chancelada pela Casa Civil, passo necessário para que seja efetivada e publicada no Diário Oficial da União. Aos mesmos aliados, o titular da pasta da Educação diz que a nomeação de Iolene será aprovada pelo Planalto.
A saída do ministro não é descartada e tem sido cogitada nos bastidores do governo e do Congresso. Uma definição sobre o assunto, no entanto, tende a ocorrer apenas após a viagem que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fará aos Estados Unidos no próximo domingo.
Inicialmente indicado por Olavo de Carvalho, “guru” do bolsonarismo com quem se desentendeu mais recentemente, Ricardo Vélez está com dificuldade de se estabelecer politicamente no cargo. A indicação de Iolene Lima, que dirigiu um colégio particular baseado na “educação por princípios”, que apresenta as matérias escolares dentro da “cosmovisão bíblica”, seria um aceno à bancada evangélica da Câmara e um nome mais conservador que Rubens Barreto, escolha anterior do ministro para a vaga.
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