O blog apresenta com exclusividade entrevista com a Vereadora Nataly Pessoa. Ela, que é vereadora pelo PMDB, resolveu falar ao blog após várias tentativas. Na entrevista, a vereadora fala sobre atuação, sobre a administração da irmã, prefeita Mara Lourdes, comenta sobre a situação do PMDB local e tece comentários sobre o futuro. Boa leitura!
Como
V. Excia. avalia os seis primeiros meses de mandato de sua legislatura?
Primeiramente
quero te agradecer pelo espaço e a oportunidade de divulgar o meu mandato como
vereadora. Eu venho procurando desenvolver um trabalho
importante da Câmara Municipal, o de fiscalizar, e reivindicar os direitos da
população.
Durante
esses seis meses, elaborei vários requerimentos, entre eles um muito importante
para os universitários, pois desde o ano de 2012 foi aprovado pela casa um
Auxilio Vale-Educação para os alunos universitários de baixa renda. Solicitei
da Prefeita o cumprimento da lei, assim como o cumprimento da súmula vinculante
nº. 13 do Supremo Tribunal Federal, do nepotismo. Reivindiquei também a realização de concurso público, o abastecimento de água nas comunidades
rurais, entre outros.
A reinvindicação para realização de concurso público veio
em razão da quantidade de pessoas que estavam sendo contratadas, chega perto de
metade do número servidores efetivos do município. A Lei proíbe esse tipo de
contratação, então concordei com a contratação por um ano em caráter de emergência
e pleiteei a realização do concurso.
Como
V. Excia, tem avaliado a administração da atual gestora Mara Lourdes, que é sua
irmã, a frente da prefeitura de Riachuelo?
Na verdade, ainda não é possível avaliar a gestão/administração de Mara
Cavalcante. No momento só podemos avaliar a gerência que o grupo dela tem
feito, pois todos nós sabemos que o orçamento foi elaborado e votado pela gestão
passada. Os recursos e obras que estão vindo para o município este ano são
fruto da gestão passada, e até mesmo o que foi adquirido esse ano foi através
do Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades e do PAC. Sem falar que
hoje os recursos vêm, o gestor não precisa ir atrás. O Governo Federal
democratizou o acesso e o repasse dos recursos federais para os
Estados e Municípios. O mais grave tem sido a falta de respeito e cordialidade
aos vereadores, não só pela prefeita, mas também por alguns secretários.
O bloco formado pelo PMDB e PR, que tinha o intuito de fazer oposição, passa
no momento por turbulências?
Nós formamos
uma aliança eleitoral em 2012, mas depois da posse cada partido toma seu rumo:
oposição ou situação. É natural que o PR, por ter sido adversário em 2012 da
administração, seja oposição. Mas quero lhe dizer que não há turbulências.
O PMDB é um partido independente e continuará fazendo oposição a gestão, quanto
ao PR cabe ao diretório e as lideranças decidirem o rumo a tomar.
Já é
do conhecimento de toda cidade que o vereador Júnior Camaleão declarou seu
apoio a prefeita e lideranças tradicionais do seu partido, como os ex-vereadores
Erivan Birico e Josivan Soares estão em conversando com a prefeita. O que a
senhora tem a dizer sobre isso?
Sobre essa
questão o que tenho a dizer é que sobre essa adesão do vereador Junior Camaleão a base governista, ainda estamos
esperando ele informar ao grupo político que lhe elegeu, os “bacuraus”.
Entendo que ele deve a sua vitória a essas pessoas que confiaram na sua
palavra, inclusive porque em 2008, quando se candidatou no grupo político da
prefeita ele não foi eleito. Mas já era esperado. Com relação ao suplente de vereador Josivan e
o ex-vereador Erivan Berico, até o momento o PMDB de Riachuelo não foi
informado dessa adesão, até porque os mesmos continuam filiados ao PMDB.
Vereadora, tenho
ouvido muitos comentários na cidade que a prefeitura vai dispensar mais de 40
pessoas, ou seja, funcionários temporários. Mas, andam dizendo em
todos os cantos do município que a culpa é de V. Excia. O que tem a dizer sobre isso?
Como foi divulgado aqui no seu blog, nós elaboramos uma nota de esclarecimento
e repúdio a esses comentários. Se essas pessoas forem exoneradas ou
dispensadas, será em razão do nepotismo, algo ilegal, e não por perseguição ou
por ordem minha. Como já foi dito, não cabe a mim como vereadora contratar ou
exonerar nenhum cargo do poder Executivo Municipal, nem mesmo do Legislativo
pois não sou a presidenta da Câmara.
No início do
ano, enviei ofícios reivindicando a prefeita que fosse observado e obedecida a
súmula vinculante nº 13 do STF, não foi solucionado. Me dirigi a promotoria da
comarca de São Paulo Potengi, não houve solução. Juntamente com o meu
companheiro de partido e de bancada opositora, vereador Jorllan Kardek, fomos
ao Procuradoria Geral de Justiça e segundo os comentários de rua, o Ministério Público
estaria analisando essas irregularidades.
Quais
as perspectivas para a próxima eleição. Qual o seu posicionamento e do seu
partido (PMDB) daqui para frente: vai ficar sozinho ou vai buscar apoio dos
grupos que estão se posicionando contra Mara Lourdes, que quer administrar o
município de forma ditatorial, com a bandeira da oligarquia e
do nepotismo?
No que se refere às eleições de 2014, nós ainda estamos aguardando a
decisão e o posicionamento do PMDB a nível de Estado. Quanto à eleição
de 2016, acho muito cedo para falar nela, chegar a ser incerto apontar
um caminho nesse momento. Como diz um velho ditado popular “muitas águas ainda
vão rolar por debaixo dessa ponte”. O que posso garantir é que somos oposição a
administração Mara Cavalcante, e que os que vierem a ser oposição junto conosco serão bem-vindos. É só nos procurar, pois já estamos aqui como oposição desde janeiro
de 2013. Porém o momento que vivemos ainda não é político, pois ainda temos 3
anos até a próxima eleição municipal.
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