terça-feira, 3 de abril de 2018

Em nova fase como cantora, atriz Cleo Pires volta a desmistificar o sexo e revela até já quis ser stripper

(Foto: Celso Tavares/G1)
Aos 12 anos, numa entrevista, perguntaram o que Cleo Pires queria ser quando crescesse. “Eu falei: ‘Já quis ser stripper, mas mudei de ideia. Agora quero ser cantora'”, lembra, rindo.
A língua sem freios da atriz deixa louca sua assessoria – que pede para a frase acima não ser destacada. Mas a verdade é que não há motivo para pânico: polêmica só tem feito bem à imagem de Cleo.
A filha de Fábio Júnior e Glória Pires cresceu sob os olhos do público. E, quando todo mundo achava que a conhecia bem, ela reinventou sua marca, assumindo a pose de mulher fatal e falando sempre abertamente sobre sexo.
“[Falar sobre sexo] não deveria ser feminismo. Deveria ser natural podermos falar sobre quem somos e o que gostamos. Isso é um problema para mulheres, mas não é para os homens.”
O tema “permeia tudo”, diz a atriz. E, mesmo com participação mais discreta, habita “o mesmo lugar” de onde vêm as inspirações para seu recém-lançado projeto musical: o EP “Jungle kid”, com cinco músicas, disponíveis em streaming.
De Nine Inch Nails a Yuri Martins
Sim, ela conseguiu realizar um dos sonhos que tinha aos 12 anos. Foi nessa época também que decidiu mudar o nome artístico para cantar. “Queria ser só Cleo, igual a Cher. Era apaixonada por ela.”
“Sempre cantei instintivamente, tenho noção de afinação”, afirma. Mas, com o tempo, percebeu que aulas para a voz seriam “essenciais”.
“Gostava de cantar Alanis, Mariah, coisas mais gritadas. Mas eu fumava, bebia… De repente, comecei a não alcançar alguns lugares. Com as aulas, consigo coisas mais agudas e também uns graves com mais consistência.”
Cleo na capa do EP ‘Jungle kid’ (Foto: Reprodução/Instagram/Cleo)
As letras do “Jungle kid” – três em inglês e duas em português – têm provocação (“Eu sou uma cobra / Pronta pra atacar”, em “Bandida”) e alguma melancolia (“Crescer era muito cruel”, da música título).
Já a sonoridade, conta a agora cantora, é resultado de uma mistura de influências que vai de Nine Inch Nails, banda de metal dos Estados Unidos, a Yuri Martins, DJ e produtor de hits do funk brasileiro. Na receita, nenhuma preocupação com ser diferentona.
“Eu acho que muita coisa [na música] se parece, mas não acho isso ruim. A autenticidade está em fazer o que você gosta, não em fazer algo diferente.”
Com dois lyric videos já divulgados, a artista prepara um clipe e quer lançar um álbum – “tem mais umas 15 músicas quase prontas”, segundo ela. E nem precisa reclamar, vai ter Cleo na TV também: ela está escalada para a próxima novela das 19h da Globo.
G1

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